segunda-feira, 10 de maio de 2010

O MENINO POBRE QUE SE TORNOU ESCRITOR

Reginaldo Alves de Araújo nasceu em Itabaiana (PB) em 4 de agosto de 1946. Seu pai era fateiro (vendia fatos na feira) e sua mãe era doméstica. Moravam numa casinha de taipa coberta de palha na antiga Rua da Palha, em Itabaiana. Começou a estudar na Escola Professor Maciel, com um pé no sandalho e outro descalço, pois ele tinha que dividir um par de chinelos com seu irmão, pois seus pais não tinham condições de atender as exigências da escola que de vez em quando barrava o menino na entrada por não está devidamente calçado. Mas graças ao incentivo da jovem professora Celeste, que se tornou uma espécie de anjo da guarda do menino, ele continuou a estudar.

Posteriormente, Reginaldo teve que trabalhar de babá na casa de uma prima em Campina Grande, só para ter o direito de continuar seus estudos. Depois saiu para cursar o secundário no Colégio Estadual de Recife, época em que pôde desenvolver as bases iniciais da sua vocação literária. Aos 23 anos de idade, foi residir (e trabalhar na área comercial de enciclopédias) no Rio de Janeiro. Após dois anos, mudou-se para a capital paulista, onde, pela USP, bacharelou-se em Teologia e licenciou-se em Educação Escolar.




Casou-se, aos 25 anos, com a professora Noêmia Barbosa Lopes de Araújo, com quem tem três filhos. Formado também em Pedagogia (pela UCDB). Mas o professor Reginaldo fincou raízes mesmo em Campo Grande, capital do estado de Mato Grosso do Sul, no ano de 1978: veio, como muitos, para ajudar a construir o novo estado que surgia. Educou a juventude em várias escolas; ensinou os jovens na patrulha mirim, atuou na área de lazer e logo foi bater na porta da produção cultural. O primeiro livro saiu do forno em 1989 – era “os meninos da poeira”. Depois, numa rápida sucessão, vieram os outros: Bocaina, abismo romântico, Mato Grosso do Sul – num sorriso, Saga pantaneira futebol, Uma fantástica paixão, Baluartes do futebol campo-grandense, No remanso do luar, Um homem de Deus, O fantástico Padre João Crippa, Águas do Povo. Reginaldo de Araújo deixou marcas do seu andar: fundou a Associação de Novos Escritores (ANE/MS); fundou o jornal cultural Arauto, dedicado exclusivamente à literatura; e é o atual presidente da Academia Sul-mato-grossense de Letras.

No próximodia 25 ele será homenageado em sua terra natal, pela Câmara Municipal de Itabaiana, onde receberá o "Título de Cidadão Honorário", a "Comenda Mestre Sivuca" e a "Medalha Zé da Luz", que será entregue pelo presidente da Câmara Pastor Ronaldo, e pela prefeita Dona Dida. Em seguida, o escritor lançará o seu mais novo livro: "ITABAIANA - DESLUMBRAMENTO DE UMA ÉPOCA", na AABB.

No dia seguinte, 26 de maio, dia do aniversário de 119 anos de emancipação política de Itabaiana, Reginaldo será homenageado, juntamente com o comendador Daniel Reis, em uma grande festa organizada pela direção da Escola Professor Maciel, aonde ele estudou quando criança.

Nada impediu que Reginaldo Alves de Araújo vencesse na vida. Nem mesmo a sua origem humilde. Com fé em Deus e com muito esforço e dedicação ao estudo ele se tornou um grande escritor, exemplo para a juventude e um orgulho para os itabaianenses.

Fonte: (ANTONIO COSTTA)

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